Como resgatar os investimentos no Tesouro Direto: o que é preciso saber?

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional que permite a compra de títulos públicos federais pela internet, facilitando o acesso de pequenos investidores a esse tipo de investimento. Os títulos do Tesouro Direto são uma opção interessante para quem busca investir em renda fixa, já que apresentam baixo risco e podem oferecer rendimentos superiores aos de outras opções de investimento, como a poupança.

No entanto, na hora do resgaste é importante que os investidores saibam alguns detalhes que podem afetar seus lucros nos respectivos investimentos do Tesouro Direto, para que possam ter acesso aos recursos investidos e aos rendimentos obtidos. Resgatar seus investimentos é uma tarefa fácil, porém, neste texto, vamos explicar detalhes relevantes que é preciso saber sobre o assunto.

O primeiro passo para resgatar os investimentos no Tesouro Direto é acessar o site da corretora/banco que foi feito o investimento e, após realizar login, ir ao setor de acompanhamento de seus investimentos referente a Renda Fixa/Tesouro Direto. Se você preferir também é possível realizar as operações diretamente através do Portal do Investidor . Independentemente da forma escolhida, é possível verificar, na área do investidor, o saldo dos títulos e as informações sobre cada um deles, como o valor investido, o valor atualizado, o prazo de vencimento e a rentabilidade.

Para resgatar os investimentos realizados no Tesouro Direto, o investidor deve vender as frações dos títulos que possui. Ao fazer a venda dos títulos, o dinheiro obtido é creditado na sua conta dentro da corretora/banco. A partir daí, o investidor pode transferir o dinheiro para outras contas bancárias.

Esteja atento sobre a tributação do Imposto de Renda que incidirá com a venda dos títulos do Tesouro Direto. A alíquota varia de acordo com o prazo de investimento, sendo de 22,5% para investimentos com prazo de até 180 dias, 20% para investimentos com prazo de 181 a 360 dias, 17,5% para investimentos com prazo de 361 a 720 dias e 15% para investimentos com prazo acima de 721 dias.

Sobre a liquidação do investimento (recebimento dos valores): se a solicitação de venda for feita em dias úteis até as 13h, a liquidação ocorrerá no mesmo dia, em D+0. No entanto, essa liquidação é condicionada à disponibilidade dos títulos para as operações incluídas até o horário limite, ou seja, se houver forte volatilidade do mercado durante esse período, a liquidação em D+0 não estará disponível e a liquidação ocorrerá apenas no dia seguinte, em D+1. Durante os fins de semana e feriados, é possível realizar o pedido de resgate de seus títulos a qualquer hora. No entanto, sua transação será processada somente no próximo dia útil e seguirá os preços de abertura do mercado no dia em que for processada.

Em relação a resgates antecipados (vender antes da data de vencimento do título), é necessário estar ciente de que o valor das frações pode variar (positiva ou negativamente) ao longo do tempo, dependendo das flutuações do mercado. Portanto, é possível que a venda resulte em lucro ou prejuízo, a depender da cotação do título no momento da venda. Para evitar riscos desnecessários, é recomendável investir com o objetivo de resgatar os recursos automaticamente no vencimento, garantindo assim o recebimento da taxa acordada na compra. Para quem quer ir à fundo, veja este artigo sobre Como Funciona a Marcação a Mercado .

Para evitar vendas antecipadas dos títulos, procure investir em títulos com prazo mais curto, que oferecem maior liquidez. Outra opção é investir no Tesouro Selic que apresenta rentabilidade diária, ou seja, sempre rende positivamente e pode ser resgatado a qualquer momento, sem perda financeira.

Outra cobrança que é preciso estar ciente além do Imposto de Renda é a taxa de custódia pela B3, que é a bolsa de valores brasileira responsável pela custódia dos títulos. Essa taxa é de 0,2% ao ano sobre o valor investido e é cobrada de forma proporcional ao período em que o título ficou em custódia (exceções: 1. Tesouro Renda+/Educa+ pode variar entre 0,5% à 0,1% ou isenção se levados até o vencimento. 2. Tesouro Selic possui isenção para valores até R$ 10.000). Essa taxa é cobrada em duas parcelas de 0,1% ao ano, no primeiro dia útil de janeiro e outra no primeiro dia útil de julho.

Algumas corretoras também podem cobrar taxas de administração sobre os investimentos no Tesouro Direto. Essas taxas variam de corretora para corretora e podem impactar a rentabilidade do investimento. Por isso, é importante pesquisar as taxas cobradas pelas corretoras antes de escolher onde investir.

Por último, ao realizar resgates de seus títulos esteja ciente do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que é um imposto federal que incide sobre diversas operações financeiras, incluindo a venda de títulos do Tesouro Direto. No caso do Tesouro Direto, o IOF é cobrado apenas se o investidor vender o título antes de 30 dias da data de compra. O imposto é calculado sobre o lucro obtido na venda do título, e a alíquota varia de acordo com o tempo que o investimento foi mantido.

Em resumo, para resgatar os investimentos no Tesouro Direto, o investidor precisa acessar a área do investidor na corretora/banco ou site do programa e escolher a opção de resgate dos títulos. O dinheiro obtido com a venda é creditado na conta da corretora/banco e pode ser transferido para a conta bancária pessoal do investidor. É importante estar atento as taxas e impostos incidentes e ao funcionamento do prazo de liquidação. Para evitar prejuízos, o investidor deve evitar a venda antecipada dos títulos ou entender a Como Funciona a Marcação a Mercado . Por isso, é importante escolher títulos com prazo compatível com as necessidades do investidor e ficar atento às taxas e impostos cobrados sobre os investimentos.